Data Insights – FEV - 2020

Séculos de queda nas taxas de juros

Taxas de juros são um dos principais conjuntos de preços de uma economia. Mais recentemente, as taxas de juros globais em geral estão em níveis baixíssimos, em patamares impensáveis há alguns anos. Há, inclusive, Bancos Centrais de algumas economias desenvolvidas mantendo taxas de juros negativas, desafiando os aspectos racionais dos próprios fundamentos econômicos.

Historicamente, especialistas financeiros afirmam que rendimentos dos títulos convergem para média, ou seja, que oscilam em torno de um valor de longo prazo, que diminui (ou aumenta), mas deve eventualmente voltar ao “normal”. Por outro lado, observando o histórico de longuíssimo prazo, conclui-se que essa crença não é verdadeira quando analisamos um período muito amplo. Na verdade, as taxas de juros globais sofreram um declínio anual médio de -0,02% nos últimos sete séculos.

Vários fatores podem influenciar a longa tendência de queda nas taxas: mudanças no ritmo decrescimento, produtividade e tamanho da população são alguns dos principais motivadores. O fato é que as taxas de juros são variáveis de mercado, o que significa que oscilam em função da oferta e demanda por títulos. Em uma economia mais estável, é provável que a taxa real de equilíbrio seja baixa, uma vez que as oportunidades de bons investimentos são limitadas e/ou relativamente pouco lucrativas.

Taxas de juros baixas tendem a ser favoráveis para devedores, tomadores de empréstimos, detentores de dívidas estudantis e hipotecas. Independentemente de estarem se aposentando ou apenas começando, todos os poupadores terão retorno menor sobre seus investimentos ou serão compelidos a correr mais riscos para obter um retorno mais alto.

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