Durante décadas, a maioria dos americanos conseguiu galgar a escada socioeconômica obtendo rendas mais altas do que seus pais. Essas condições de melhoria são conhecidas como mobilidade ascendente e constituíram uma parte importante do tão divulgado sonho norte-americano. No entanto, a cada nova geração tem sido mais difícil alcançar tal ascensão. Em outras palavras, menos pessoas nas classes baixa e média estão subindo na escada econômica.
O sonho norte-americano sempre foi acreditar que a mobilidade ascendente seria alcançável para todos por meio de suas próprias ações individuais. Entretanto, constatar que a oportunidade de ascensão social depende de fatores que estão fora do alcance individual – tais como renda dos pais, produtividade industrial, valor dos ativos, eficiência pública, velocidade das iniciativas em tecnologia e ciência, qualidade da educação e reposição inflacionária do salário – torna o sonho norte-americano algo mais nostálgico.
No Brasil, o problema é ainda maior: uma pessoa de renda baixa demoraria em média nove (!) gerações para atingir renda mediana do país.
Este é um grande problema não só para o indivíduo, mas também para a sociedade e a economia. O capital humano é a força motriz do crescimento econômico. Assim, todos os fatores que prejudicam a melhor alocação de talentos e impeça o acúmulo de capital humano pode atrasar significativamente o crescimento. econômico. A fraca mobilidade social, juntamente com a desigualdade de oportunidades, motivam inclusive atritos que impedem o uso desta alavanca para o desenvolvimento social e ambiental.
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