Bullish! Tempos de bonança com tendência ascendente para o preço das ações, espalhando otimismo generalizado e, muitas vezes, irracional entre os investidores, especuladores e operadores do mercado de capitais. O termo Bull Market descreve justamente este movimento impetuoso dos preços dos ativos refletindo expectativas promissoras sobre seus comportamentos ao longo do tempo futuro.

No outro extremo, o termo Bear Market reflete tanto a dinâmica do ataque quanto a hibernação de ursos, para assim sinalizar períodos de queda continuada nos preços das ações, justamente refletindo o arrefecimento da confiança dos investidores e o apetite de todos para tomada de riscos em suas posições no mercado de capitais. Naturalmente, períodos de Bull Market e Bear Market se sucedem ao longo da história.

Curiosamente, períodos otimistas duram, em média, o triplo dos períodos nebulosos. Indica-se, portanto, que, apesar dos frequentes ajustes dos preços dos ativos, a tendência de longo prazo reflete a evolução positiva dos fundamentos econômicos do sistema capitalista em gerar valor para a sociedade. Não obstante a inexorável volatilidade da avaliação de valor das empresas e de outros ativos financeiros, cria-se riqueza real ao longo do tempo, superando inclusive a trajetória inflacionária.

Em Agosto 2018, o índice S&P 500 alcançou a marca de maior período em Bull Market da história, praticamente quadruplicando seu valor em relação ao vale alcançado no pior momento da Crise Subprime em 2009, com destaque para o vertiginoso crescimento do valor das ações das empresas de tecnologia.

Naturalmente, após as efusivas celebrações sobre mais um recorde ultrapassado, permanecem as dúvidas sobre a provável chegada de mais um período Bear Market. Tempos tormentosos se aproximam, sinalizando tanto esgotamento dos atuais paradigmas corporativos em produzirem riqueza real, como também necessidade de ajustes nas expectativas exageradamente otimistas acerca do comportamento dos ativos.

‍