Limitless longevity

April 2, 2019

Em grande parte da história da civilização, a expectativa de vida não ultrapassou a faixa entre 30 e 40 anos. A mortalidade infantil era muito comum, e mesmo para aqueles que alcançavam a idade adulta, uma vida longa e saudável era muito pouco provável. O saneamento básico era precário, as doenças se proliferavam desenfreadamente e muitas práticas médicas se baseavam principalmente em superstição ou magia. Pessoas morriam regularmente de acidentes, doenças e procedimentos médicos que, em muito casos, seriam facilmente realizados nos dias atuais.

Em meados do século XIX, uma explosão de novas tecnologias, tratamentos e outras práticas, sempre apoiadas na ciência, contribuíram para o aumento da expectativa de vida global a uma taxa sem precedentes. Entre 1900 e 2015, a expectativa de vida global mais que dobrou, ultrapassando a marca dos 70 anos.

Curiosamente, embora muitas dessas inovações tenham relações com o campo da medicina, há também avanços significativos, em setores como saneamento, agricultura e monitoramento que foram fundamentais para nos propiciarem vidas mais longas e saudáveis. Alguns destes progressos podem causar estranheza atualmente, ao serem considerados grande avanços – como, por exemplo, o desenvolvimento do banheiro em 1875 –, todavia esta melhoria foi responsável por salvar mais de 1 bilhão de vidas, desde então.

A partir do ano 2000, há uma expansão exponencial do leque de evoluções. Avanços como mapeamento genético e cerebral, wearables, data analytics e compartilhamento online de bases de dados médicos se mostraram extremamente promissores para salvamento de novas vidas. Além disso, destacam-se os progressos científicos em inteligência artificial e nanotecnologia, cujos efeitos positivos na prolongação da vida são ainda incalculáveis. Parece que nossa longevidade não tem limite.