Investidores podem preferir alocação de capital em empresas mais admiradas - empresas com marcas mais valiosas, reputação e vantagens competitivas. Mas embora tais valiosas marcas possam ser ótimas para o desenvolvimento de negócios, não são necessariamente uma combinação vencedora para preços de ações.
O valor da marca não se baseia apenas em aspectos concretos. Apesar de estar intimamente ligado a receitas e lucros consistentes, outros fatores o influenciam, como sua história, a importância da atuação em sua indústria e o otimismo quanto ao seu futuro. Ao compararmos o valor da marca ao valor de mercado, observamos que as marcas equivalem em média a 20% do valor de mercado da empresa. De forma geral, há uma tendência de estabilização do percentual para empresas com maior valor de mercado. E, à medida que o valor de mercado diminui, a representatividade da marca sobre o valor da empresa aumenta sistematicamente.
Analisando empresas por indústria, há dois subgrupos que se destacam. De um lado, empresas de serviços financeiros, cujas marcas tem menor representatividade sobre seu market cap - marcas como JP Morgan e Bank of America valem menos de 5% do valor de mercado destas empresas. E as empresas automobilísticas que apesar de terem valores de mercado menores, possuem marcas fortes e valiosas, como Honda e BMW, representando cerca de 50% do seu valor de mercado.
Entretanto, há algumas exceções a essa tendência. As gigantes de tecnologia fogem do padrão identificado. Mesmo com valores de mercado extremamente altos, suas marcas também são igualmente valiosas. Elas ocupam as primeiras colocações nos rankings de valor de mercado e de valor da marca. Outros exemplos de empresas de destaque são Disney, Coca-Cola e Toyota, que se sobressaem em relação à tendência padrão devido à força de suas marcas. Por fim, conclui-se que, não obstante serem coisas diferentes, tanto o market cap quanto o valor da marca são óticas diferentes do sucesso de uma empresa.