Waves of Immigration in Two Hundred Years

March 12, 2019

Os Estados Unidos têm uma longa história como uma nação de imigrantes, formada por sucessivas ondas de imigrações de diversas origens, com dois picos destacados nos anos 1910s e 2000s.

Atualmente, o país abriga aproximadamente 50 milhões de habitantes nascidos no exterior, alcançando o status da nação com maior população de imigrantes do mundo (cerca de 15% da população). A população de imigrantes também é muito diversificada, com quase todos os países do mundo representados em certo nível. Tal diversidade de etnias e multiculturalismo, historicamente, tornou-se tanto base para inovação acelerada e sólida governança institucional, como também para sérios conflitos sociais e raciais.

No início, a imigração foi quase exclusivamente europeia, como parte do processo de colonização e ocupação do território norte-americano, principalmente por ingleses, irlandeses e alemães. Por volta de 1900, iniciou-se a imigração proveniente da Rússia, China, Canadá, Turquia e Japão. Alguns anos mais tarde, a Segunda Guerra Mundial praticamente eliminou a mobilidade global, e a imigração para os EUA foi significativamente interrompida. Após este período, a chegada de imigrantes ainda recomeçou muito lentamente no contexto tenso proporcionado pela Guerra Fria. A imigração finalmente atinge novo pico entre 1990 e 2000 após a queda da Cortina de Ferro. A imigração asiática e mexicana também se tornaram fortes a partir de então.

É fato que a nação norte-americana sempre demonstrou certa ambiguidade em relação aos imigrantes, notadamente em relação a critérios de seleção e regras para acesso ao mercado de trabalho formal. Como uma verdadeira jovem nação imigrante, parece ser incoerente o discurso nacionalista contrário a imigrantes. Sucessivos governos defendem barreiras à imigração como questão de segurança nacional, em uma forte onda global xenófoba e tribal intensificada pelos ataques terroristas e pelos êxodos em regiões com conflitos militares no Oriente Médio e na África.

Não obstante o risco desta postura contrária está justamente no ressentimento crescente causado nas populações imigrantes que, anualmente, aumentam sobremaneira sua representatividade em território norte-americano. Ao longo do tempo, etnias latinas e asiáticas tendem a inclusive dominar o cenário político no país.