Uma marcante característica dos millennials (nascidos nas décadas de 80 e 90) é se preocupar mais com “acesso ao ativo” do que com a propriedade em si. Essa é uma tendência que moldará profundamente a economia mundial nos próximos anos, com forte impacto na geração de riqueza.

Atualmente, a fluência tecnológica dos millennials (também conhecidos como Geração Y), somada às plataformas peer to peer e à evolução da conexão móvel, permitiu o acesso fácil e instantâneo às coisas que antigamente eram adquiridas. Hoje, compartilham-se casas, bicicletas, carros, processamento e armazenagem em servidores, espaço de escritório, música e até roupas.

Pesquisas internacionais sugerem que possuir um carro, uma casa e uma TV é visto como extremamente importante por uma pequena parcela dos millennials. Curiosamente no Brasil, observa-se o contrário. A maioria dos millennials acredita que estes bens ainda são fundamentais.

Alguns fatores como a busca de segurança pela instabilidade econômica, serviços públicos de infraestrutura precários, baixa inclusão digital fora dos grandes centros urbanos e valorização da imagem e status podem explicar esta discrepância entre o padrão mundial e o brasileiro. Este traço cultural pode impedir rápido crescimento da economia compartilhada no país.

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