Returning on good things of life

December 1, 2018

Investimentos tradicionais em ações, títulos públicos, certificados bancários e debêntures apresentam excelente desempenho, mas sem vínculo emocional. Afinal, não são ativos para exibição ou admiração. Muitos ricos também gostam de investir sua riqueza de forma mais tangível, adquirindo imóveis e, também, atuando como colecionadores de arte, selos, vinhos finos e pedras preciosas.

Investir em colecionáveis, além do aumento do prazer, possibilita ao investidor o convívio físico com o objeto de investimento – algo impossível no caso de títulos ou ações. Não há como usufruir esteticamente da bolsa de valores. Destaca-se também que colecionáveis são investimentos de longo prazo, quase sempre, com lucratividade aumentando ao longo dos anos, sempre com volatilidade. Naturalmente, tais ativos usualmente apresentam liquidez muito baixa, com possibilidade de perda total do valor de face ao longo do tempo.

Segundo estudo publicado pela London Business School, com base em análises no anuário de retornos sobre investimento global do Credit Suisse, alguns desses ativos desempenharam melhor do que outros em comparação aos retornos médios globais obtidos com aplicação em títulos ou ações. Vinhos finos entregaram os melhores retornos e, assim como selos e violinos, tiveram desempenho mais atraente que aplicações em títulos públicos e privados. Interessante observar que ouro e prata desempenharam abaixo de títulos e obras de arte, e que diamantes apresentaram perda de valor nos últimos 118 anos.

Vale salientar que tais investimentos exóticos deixaram de ser exclusividade dos mais ricos. Cada vez mais surgem colecionadores em todas as camadas sociais, que inicialmente buscam obter um “retorno emocional” relacionado à posse desses ativos, mas que, com o tempo, transformam seu hobby em estratégias de investimento de longo prazo. Observa-se também tal trajetória com discos de vinil, livros, gibis, dentre outros objetos colecionáveis. Naturalmente, quanto mais raro for o objeto colecionado, maior o potencial financeiro.